Na semana passada, Lady Gaga lançou o clipe de "Alejandro", com referências religiosas e militares e uma melodia semelhante às da banda noventista Ace of Base (veja montagem das canções "Alejandro" e "The Sign" abaixo).
No mesmo dia, uma azeda Katy Perry tuitou que "usar a blasfêmia como entretenimento é tão vulgar quanto contar uma piada de peido".
Já o blog Opera Mundi comentou que a cantora estava usando imagens do facismo como maneira de entretenimento e chegou a compará-la à cineasta preferida de Hitler, Leni Riefenstahl.
Mas a trilha é só uma canção pop que aposta em referências polêmicas para fazer sucesso em grande escala.
Além da base musical dos anos 90 (presente em outras canções suas, como "Poker Face" e "Bad Romance"), Gaga recorreu mais uma vez à lojinha do pop buscar "inspiração" para seu novo single.
Encontrou o que precisava na prateleira de tia Madonna.
Há homens de meia fina, sutiã com metralhadora, crucifixo na genitália e um apelo latino.
Se fosse possível descrevê-lo matematicamente, criando uma "lei de Gaga", seria assim: "Alejandro" = Ace of Base + "Vogue" + "Like Prayer" + "American Life" + "La Isla Bonita" + Steven Klein.
E, se um vídeo precisa ser descrito por referências óbvias e consagradas, é por não ter nada de muito original.
"Vogue", por exemplo, que segundo Gaga foi inspiração para "Alejandro" e que completa 20 anos neste mês, tem coreografia definitiva, clássica e inigualável.
Sua estética foi trazida das pistas nova-iorquinas e dos gays que dançavam imitando as poses da revista de mesmo nome. O que chegou mais perto do fenômeno "Vogue" foi "Single Ladies", de Beyoncé. Mas Gaga, em "Alejandro", passou longe.
FONTE: Folha de São Paulo
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